"Ninguém renderá Severodonetsk". Retirada para pontos fortes é "provável"

Contudo, o responsável equacionou que, "provavelmente, vai ser precisa uma retirada" para pontos mais fortes da cidade

Ogovernador de Lugansk, Serhiy Haidai, assegurou, esta quarta-feira, que "ninguém renderá Severodonetsk", adiantando que, apesar dos "combates intensos", as forças ucranianas estão "a lutar por todos os cantos da cidade".

"Os planos dos racistas não mudaram, querem capturar Severdonetsk e o seu modo de vida até ao dia 10 de junho. Todas as forças racistas estão focadas nisto. Além disso, os 'orcs' [calão para forças russas] tentam, novamente, atravessar o rio Donets, para criar uma testa-de-ponte para a sua ofensiva", disse, numa publicação na rede social Telegram.

Contudo, o responsável equacionou que, "provavelmente, vai ser precisa uma retirada" para pontos mais fortes da cidade, em declarações ao canal de televisão 1+1

Neste momento, a situação militar é dinâmica e não é possível a confirmação independente de todas as informações que chegam da região.

Ainda assim, o Ministério da Defesa do Reino Unido informou, no seu relatório matinal, que a Ucrânia ainda 'segura' Severodonetsk, apesar dos ataques por parte das forças russas.

Anteriormente, o responsável afirmava, também no Telegram, que as forças ucranianas tinham conseguido conter as forças russas em algumas zonas de Severodonetsk, um ponto estratégico do leste da Ucrânia que pode permitir à Rússia o controlo de toda a região oriental do país. 

O governo da Ucrânia reconheceu nos últimos dias que a luta na cidade de Severodonetsk se trata "casa a casa", admitindo o avanço e a superioridade das tropas russas. 

O Kremlin informou que as tropas ucranianas foram "severamente dizimadas em Severodonetsk" e só resistem "entrincheiradas nas zonas industriais" da cidade. 

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou mais de quatro mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

O conflito causou ainda a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados daquela entidade.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo

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